quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E são só pessoas...



Eu não me imaginava morando em Brasília. Quando cheguei aqui em 2000, sim já fazem 10 anos, eu achava que rapidinho nos mudaríamos de novo, como fazíamos sempre. Engraçado como passei por várias fases morando aqui. Com 17 anos comecei a querer dar meus primeiros passos no mercado de trabalho, sabe pra que? Pra sair daqui dessa cidade. Mal sabia eu que dali pra frente a mudança aconteceria em mim, dentro de mim e não fora.

O meu problema é que não me fixava com minhas amizades, pois tinha medo de me apegar. Afinal de contas, eu estava tão acostumada a me mudar que não sabia mais como era fazer amizades de verdade. Não posso dizer que nesse meio tempo não conheci pessoas interessantes, algumas esquisitas, outras bem engraçadas. Vejo que muitos grupos que passei continuaram amigos e só eu sobrei. Não por causa deles, mas por mim. Confesso que alguns ficarão meus amigos sim, durante o tempo que durar, apesar da distância. Mas só comecei a perceber o quanto eu afastava as pessoas quando conheci a pessoa que me apresentou a Deus. Ela me abriu os olhos. No começo, não queria adimitir. Mas aquilo passou a me incomodar e tentava me apegar as pessoas. E comecei a ver que dói bastante quando elas te decepcionam, quando elas te traem, quando elas simplesmente não reconhecem em você um amigo. Vai ver que é por isso que me prendi nesse mundo sozinha durante tanto tempo. Esse lance de confiar é meu complicado. Eu tive que encontrar um equilíbrio. Era muito fechada, depois me abri demais, e só hoje estou talvez conseguindo alcançar o que eu queria: estar cercada de pessoas que eu sou realmente muito ligada.

Muita gente ainda vai querer me ver tropeçar. E algumas delas, eu já mandei pra fora da minha vida. Hoje, me relaciono somente com aqueles que me fazem bem e me impulsionam pra crescer.

O que queria deixar registrado pra vocês é que todos nós passamos por isso. Ninguém vive bem sozinho. Mas você também não precisa deixar de ser você, somente pra agradar alguém. Você é sim, especial pra alguém. Use essa pessoa como seu espelho pra descobrir aquilo que há de melhor em você. Você não vai agradar todo mundo, e nem precisa. Mas faça o seu melhor por aqueles que estão por perto.

Escalar uma montanha é muito mais fácil quando se escala com ajuda. Não perca as pessoas que passam por você.

Leia o texto abaixo e veja que tipos de pessoas você tem perto de você, identifique cada uma delas. E diga isso a elas.

Pessoas são um presente de Deus. Já vêm embrulhadas.
Algumas em pacotes bonitos, como presentes de Natal, Páscoa ou aniversário.
Outras vêm em embalagens comuns.
Há aquelas danificadas no correio.
Outras chegam por entrega especial, registrada.
Algumas estão desamarradas.
Outras hermeticamente fechada, sendo quase impossível abrir...
Mas a embalagem não é o presente e essa é uma importante descoberta.
Às vezes, o presente é aberto com facilidade, outras vezes é preciso ajuda de alguém.
Por que será que alguns presentes são mais difíceis que os outros de serem abertos?
Talvez porque dentro se encontre um presente de muita solidão e vazio.
Talvez porque tenha medo, guarde mágoa e não querem mais sentir dor...
Pode ser que tenham sido deixados de lado ou até jogados fora!
Você é um presente...
Eu sou um presente.
Cada um com as suas características, claro!
Todo o encontro e partilha de pessoas é uma troca de presentes.
Somos presentes uns para os outros.
Triste se formos apenas uma embalagem, sem nada dentro!
Mas quando existe o verdadeiro encontro com alguém, no diálogo e no amor o conteúdo se torna dos mais preciosos.
É aquele presente que todos sonhamos dar e receber um dia!
Você já experimentou essa imensa alegria?


Nenhum comentário:

Postar um comentário